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Aprendizagem ao longo da vida é essencial para prevenir efeitos negativos da economia digital

Aprendizagem ao longo da vida é essencial para prevenir efeitos negativos da economia digital

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, afirmou que «os riscos que a era digital implica nas condições de trabalho são elevados». A declaração do Ministro foi feita à agência Lusa na comemoração do Centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Nova Iorque.

José António Vieira da Silva sublinhou que «os aspetos sociais que podem impedir os efeitos negativos são uma constante reaprendizagem e requalificação profissional ao longo da vida, mas também a reorganização do tempo de trabalho».

Portugal subscreve orientações da OIT

«Portugal tem uma posição que apoia de uma forma muito clara as conclusões do relatório da OIT, que orienta para um repensar do contrato social, que deve preparar a força de trabalho atual e futura numa lógica de aprendizagem ao longo da vida», disse Vieira da Silva, referindo-se ao documento apresentado pela Comissão Global sobre o Futuro do Trabalho em janeiro de 2019.

Realçando que «é preciso criar condições para que as pessoas possam regressar permanentemente a processos de reaprendizagem», o Ministro afirmou que, «tanto as novas gerações, que têm nível de educação e de formação inicial muito elevados, como as gerações mais antigas, que têm nível de educação mais baixo, devem passar» por este tipo de processos.

«De acordo com os resultados de estudos feitos nesta área, o ritmo das inovações obriga a uma constante requalificação e reorientação das aptidões profissionais, mesmo para as novas gerações, que entram no mercado de trabalho mais preparadas», acrescentou ainda José António Vieira da Silva.

E lembrou: «O facto de se concluir uma boa formação inicial ao nível superior ou ao nível intermédio não é hoje, como era há umas décadas, garantia de uma carreira profissional sólida, consistente e bem-sucedida».

Desafios da economia digital

O Ministro afirmou ainda que «a era tecnológica e digital traz muitos riscos nas condições de trabalho porque a digitalização entrou na economia como um todo e é uma realidade transversal, que afeta todos os setores de trabalho com novas tecnologias informáticas».

Exemplificando com a gestão do tempo de trabalho, José António Vieira da Silva disse: «A digitalização veio alterar as fronteiras entre o tempo de trabalho e de descanso. É frequente que as pessoas levem trabalho para casa, porque podem consultar o computador».

«Temos de ser mais rigorosos no uso do tempo e combater ideias de que o melhor trabalhador é aquele que fica mais horas a trabalhar», sublinhou também o Ministro.

E concluiu: «O facto de os trabalhadores darem resposta a problemas profissionais fora do seu horário de trabalho deve ser uma exceção, e não uma realidade que transforme a vida das pessoas numa permanente subordinação à sua dimensão profissional, com um peso muito forte e muito destrutivo em todas as dimensões da sua vida».

O debate sobre os resultados e previsões do relatório da OIT prossegue entre os dias 10 e 21 de junho, na Conferência Internacional da Organização, em Genebra.

O Governo já apresentou a segunda fase do Programa Indústria 4.0.

in Portal do Governo

2019-04-10

 

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