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Retrato de Albino Forjaz Sampaio (1884 – 1949), Arquivista – Chefe da Biblioteca e Arquivo Geral, da Secretaria-Geral do Ministério do Fomento

O Retrato de Albino Forjaz Sampaio (1884 – 1949), Arquivista – Chefe da Biblioteca e Arquivo Geral, da Secretaria-Geral do Ministério do Fomento, foi executado pelo pintor António Carneiro com 26 anos, num desenho, a lápis, em papel.

Albino Forjaz de Sampaio foi jornalista, escritor e estudioso de biblioteconomia, da história do livro e da tipografia. Iniciou a sua atividade como jornalista com 16 anos, no Jornal “A Lucta” fundado a 1 de janeiro de 1906, por Manuel de Brito Camacho.

Como escritor publicou mais de 60 obras, entre poesias, contos, ensaios, biografias. De entre muitas, destacam-se Palavras cínicas (1905), crónica de crítica social, e a coleção Patrícia, dedicada aos maiores vultos da literatura portuguesa, e que publicou a partir de 1924, com o patrocínio do jornal Diário de Notícias.

Prestou o serviço militar em 1917, durante a 1ª Guerra Mundial, como tenente, em França. Aí escreveu o ensaio “A avalanche: à margem da Grande Guerra”, retrato da primeira Guerra Mundial, “por incumbência do Ministério da Guerra”. Foi nomeado Arquivista – Chefe da Biblioteca e Arquivo Geral, da Secretaria-Geral do Ministério do Fomento, por decreto em 10 de maio de 1911, publicado no Diário do Governo, nº 114, de 16 de maio do mesmo ano.

O Decreto de 11 de maio de 1911, que reorganizou e tornou patente ao público o espólio da Biblioteca e do Arquivo do Ministério das Obras Públicas, nomeia como “archivista chefe” Forjaz de Sampaio que, para além da reorganização, procederá à inventariação, catalogação e incorporação de obras pertencentes a esta Ministério depositadas na Biblioteca Nacional e noutras instituições públicas.

Encontram-se na BAHE, ofícios com pedidos de compra, ofertas de outros organismos nacionais e internacionais – os consulados portugueses no estrangeiro foram importantes nas permutas – e doações de obras que provam a sua atividade no sentido de enriquecer o fundo documental. A consulta aos Relatórios da Biblioteca e Arquivo de 1912 e 1917 são demonstrativos da sua ação.

Em 1913, 1923 e 1927 deslocou-se, respetivamente, a Espanha, França, Bélgica, Inglaterra e Brasil para “estudar os archivos públicos e completar as collecções officiaes respeitantes ao Ministério” sempre pagando as próprias deslocações.

Permaneceu ao serviço do Ministério, no cargo de Arquivista – Chefe, até à sua aposentação, a 26 de março de 1945.

Por sua vez, António Carneiro (1872-1930), pintor, poeta e professor da Escola de Belas Artes do Porto, participou na Exposição Universal de Paris (1900) e na Exposição Internacional de Barcelona (1907). As suas obras fazem parte das coleções dos museus nacionais, como o Centro da Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e o Museu do Chiado.

Imagem  julho
 


Legenda

[Busto de Albino Forjaz de Sampaio]. - s.esc.- [S.l. : s.n.]. - 1 Desenho: ms., a lápis, em papel
colado em cartolina ; 119 X 187 mm
CARNEIRO, António. - 1910
Albino Forjaz de Sampaio retratado pelo pintor António Carneiro com 26 anos.


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