Farol do Bugio
Farol do Bugio, Forte de S. Lourenço da Cabeça Seca, Torre de S. Lourenço, Torre do Bugio são algumas das designações desta construção singular. Encontra-se erigido sobre um banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, causado pela confluência das águas, à entrada da barra do Tejo e frente a Santo Amaro.
A ideia desta edificação teve um duplo propósito: de fortificação da Barra e sinalização para as embarcações. Em 1571, Francisco de Holanda, na obra “Da fábrica que falece à cidade de Lisboa”, sugere a D. Sebastião a construção de um forte com o objetivo de proteção contra invasões na entrada do rio Tejo.
A primeira construção em madeira rapidamente foi destruída pelas marés. Entre 1596 e 1643, a praça foi sendo sucessivamente construída sendo que, neste último ano, o decreto real determina a conclusão dos trabalhos. O terramoto de 1755 danificou o forte.
Muitas alterações foram feitas ao longo do tempo. Pelo Decreto nº 41 191, de 18 de julho de 1957 foi considerado Imóvel de Interesse Público. O farol é uma edificação de carácter militar, de planta circular com uma torre redonda erguendo-se no centro da praça e com muralhas a circundar. Integra uma capela com retábulo de mármore e paredes e tetos forrados a madeira.
Crê-se que este projeto que se apresenta seja da autoria de Bartolomeu Valadas, autor também do projeto do Farol de Ilhéu de Cima, no Porto Santo. Pensa-se que o nome Bugio virá do francês bougie – vela.
Legenda
[Bartolomeu Valadas],
Pharol do Bugio. Torre acima do plano da Segunda Bateria. - 1 Desenho: ms., a tinta-da-china preta e vermelha, em papel; 657 X 396 mm. - VALADAS, Bartolomeu [Séc. XX]
Biblioteca e Arquivo Histórico da Economia
Secretaria-Geral da Economia